Devido a comercialização de animais silvestres na plataforma, o Ibama multou o Facebook em 10 milhões de reais. A decisão levou em conta as diversas tentativas que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais realizou junto aos responsáveis pelo app. Que, ao que parece, ignoraram os crimes.
O Ibama pode culpar o Facebook pelo tráfico de animais?
Segundo informações do auto da infração, os criminosos teriam comercializado cerca de 2.227 espécies silvestres da fauna brasileira, sem permissão legal.
De acordo com o site Metrópoles, “há pelo menos quatro anos, o Facebook tem sido alertado pelo Ibama sobre a venda de animais silvestres, mas fez “pouco caso” da situação, segundo uma fonte do órgão ambiental”.
A política da empresa proíbe o comércio desses animais desde 2018, o que não impediu que os contrabandistas perpetuassem o comércio ilegal dos mesmos.
Segundo estudo da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), com o crescimento da tecnologia e mídias sociais o tráfico de espécies vem ganhando ainda mais projeção. Dessa forma, as estimativas indicam que os traficantes comercializam milhões de indivíduos por ano no país.
Ainda segundo a Renctas, os maiores afetados são os répteis e aves, entretanto encontram-se à venda animais de todo o tipo. Entre eles, cobras, macacos, iguanas, jacarés, etc.
Ainda de acordo com o site Metrópolis, “a quantidade de anúncios é tão grande no Facebook que se mostrou inviável o Ibama multar todas as pessoas que publicam na plataforma. Por isso, o Facebook foi o alvo da ação”.
A Rede de Combate ao Tráfico de animais (Renctas) estima que traficantes e compradores chegam a trocar cerca de 10 milhões de mensagens por dia.
Quais foram as atitudes que levaram o Ibama a multar a plataforma?
Primeiramente, o Ibama multou o Facebook em R$467 mil por suposta colaboração da introdução de animais exóticos no Brasil sem um parecer técnico ou licença.
A segunda multa, também no valor de R$467 mil, teria sido imposta devido a permissão que o Facebook deu para que anúncios de venda de cobras-do-milho e cobras píton fossem realizados. Isso porque esses animais são predadores naturais de muitas espécies brasileiras, o que pode ocasionar um desequilíbrio da fauna.
Jornalistas procuraram o Facebook para que ele respondesse as acusações. Então, o mesmo forneceu o seguinte depoimento: “Nossas políticas não permitem conteúdo sobre compra, venda, comércio, doação ou oferta de espécies em vida selvagem”.
Além disso, o Facebook ainda se mostrou comprometido em evitar que esse tipo de coisa aconteça.
O caso é recente e segue junto aos canais legais. No futuro, devemos acompanhar os desdobramentos e descobrir se o Facebook realmente terá que pagar a soma de 10 Milhões.